tudo que ela pressente é ruim
vivemos com medo do presente
numa caixa nem desembrulhada
eu com o pé na estrada
ela com a mão no fim
fingimos assim
a possibilidade nua
de partir nossa noite
em duas
depois choramos secos
celebrando tristes
a realidade escura
e o caminho mais largo
um pra cada lado
(ambos olhando pra trás)
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