sente a lente do vazio
sobre teu ser
olhando inerte
teu íntimo mais público
a voz do silêncio:
sábia conselheira
ouve drummond: relê
deixa o poema ser
sem luz sem olhos sem ego
na gaveta
por prazo azedo
fortalece as bordas do poema
que não tem bordas
amadurece o poema
que não é fruta
prepara o poema pra guerra
mas não há guerra
veda o poema contra a crítica
mas, sem ar, ele morre...
adia o poema para a fama após a morte
para o livro perfeito
para o público-alvo
para o ego estelar
mas e a vida agora?
agora,
isto posto,
posto o poema atrasado
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