08/03/2013

da arte sem aplausos

escrevo sem lavar as mãos

é preciso comer o amendoim
por inteiro
dos bares sujos dos puteiros

(é preciso sim)

pois o caos dança luz
nos espelhos onde se vê
ordem e beleza

(meu olhar sorrindo Bukowski)

o infinito deitado na axila
espasmos sincrônicos de pernas pro ar
a velha caindo da mesa no velho:
tudo em seu devido lugar

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