04/10/2015

desistir: vitória

a mulher que perdi no mato
calo nos silêncios de ludovico

eram muitas
a mulher que perdi no mato
(admito)

já zumbia noite
árvores altas
e ela correndo pela estrada
sem calçado
sem calçada
por meu coração apertado

hoje
meu coração exagerado
volta ao mesmo lugar
ouve a mesma música
olha o mesmo rio
e não corre
não morre
nem conta

cala
e espera a sabedoria chegar
com calma e arte

o frio prevê estrelas
breve
muito breve
no céu
meu coração sem casa
brilhará por toda parte

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