súbito
tantas
estradas
e o sorriso sutil
de conseguir pela primeira vez
apenas ir
o sol na cara
uma da tarde
tanta gente esperando ônibus
ruas onde nunca pisei
as pedras das escadas gastas da glória
onde antes o mar chegava
me deglutem a glote
destravo tropeços em praças
sem peso no peito
como bolo de cenoura no meio do cinza
ruas onde o eu
se desfez na luz dos arcos
sem nem saber como voltar pra casa
gago em gengibre e sem fazer ginástica
gargarejo a vida súbita
de olhos arregalados
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