09/07/2013

saturno soturno

estico-me em direção ao impossível
(silêncio no longo prazo)

em quantos beijos finitos
desperdicei minha inocência?

corpos enganam
a todos e
a si próprios

dançamos perdidos
com mãos tensas

(anéis nos anulares)

bocas promentem eternidades
com gosto de pó

mas o meu olhar
o meu olhar se repete:
e nunca te deixa só

2 comentários:

  1. Tive que voltar, não me canso de ler essa postagem. É como ficar me olhando, em cada palavra rever minhas perdas e enganos. Gostei muito. Bj

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    1. Obrigado, Milene. Tô justamente com essa sensação do escrito como espelho agora, lendo Bukowski no ônibus. Bj

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