02/06/2013

sem volúpia

salvo uma palavra que me salve
(salva de palmas)
saliva de violões vazios
cheios de som, sacrifício, saudade, desperdício...

olhos desertos
que se teimam
abertos

abertos ante o medo da grande noite
noite maior que todos
que a todos apaga a luz

quantas armas inúteis
ultratecnológicas
hiperverborrágicas
quanto tempo perdido com armas
facas, canivetes, espadas...

o que salva da noite
é o abraço
não o corte, a ferida

o oposto da morte
é o amor
não a vida

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