a palavra contamina
o silêncio, a rima, o ato
teu tato
a palavra contamina o fato
mas arrisco uns riscos
no papel acima
teu nome
a palavra mata
a palavra anima
pela palavra sonho futuros atos
de prazer passado pra não morrer hiato
pra não fechar em luto
não lembro mais o que pedi
com teu cílio no meu dedo
não lembro mais o que perdi (teu cheiro)
mas devo ter pedido errado
pois agora é esse bando com medo
numa dança entre o desconforto e o desapego
tentando martelar solidez na água
afundando em nadar além da mágoa
mas o pior mesmo é quando tento
não fazer um poema romântico
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