mudo rápido
pois faz frio e as amendoeiras acenam lá embaixo
da época em que tocávamos o chão vazio
mudo lento e complexo
o velho plexo de sagat
na paz de cinco elementos
(do espaço além do tempo)
mudo de emprego
mudo de roupa
mudo de musa
mudo de sonho
(o sonho da vida é apenas mais longo que o sonho da noite)
mudo: aquele que não fala
(este sim constante)
31/08/2014
retiro fechado (janela aberta)
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29/08/2014
passaremos

28/08/2014
no meu do caminho
enquanto não silencio
chove chão do agreste céu
na véspera da esperança que me azia
sonho elmos e capacetes
sonho escudos e cavernas
sonho a paz da falsa morte no cais
enquanto sob o BRT aqui jaz
mais um atropelado pelo tempo
dentro
ácido
olho a minha raiva de olhar a_grade
(ainda agrido sem doce)
chove chão do agreste céu
na véspera da esperança que me azia
sonho elmos e capacetes
sonho escudos e cavernas
sonho a paz da falsa morte no cais
enquanto sob o BRT aqui jaz
mais um atropelado pelo tempo
dentro
ácido
olho a minha raiva de olhar a_grade
(ainda agrido sem doce)
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27/08/2014
(d)efeito
chega um tempo
em que se olha sem temer o frio
sem tremer perante qualquer paisagem ou espelho
tudo perfeito:
cada coisa em seu lugar
nenhum assédio:
vitória ou derrota no mesmo médio
entre pálpebras e braços
silenciarás contatos
rezarás por eles
rezando por eles
rezarás por ti
em que se olha sem temer o frio
sem tremer perante qualquer paisagem ou espelho
tudo perfeito:
cada coisa em seu lugar
nenhum assédio:
vitória ou derrota no mesmo médio
entre pálpebras e braços
silenciarás contatos
rezarás por eles
rezando por eles
rezarás por ti
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26/08/2014
tiro no pé
hoje me interessa a poesia que não seja vaidade
solidão, sintoma, sonho
ou um solilóquio charmoso de formas e fonemas vãos
se a poesia não for transformação
o silêncio é
solidão, sintoma, sonho
ou um solilóquio charmoso de formas e fonemas vãos
se a poesia não for transformação
o silêncio é
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25/08/2014
mas arde

24/08/2014
e feliz
queria ser um poeta quieto.
um poeta quieto
está completo
um poeta quieto
está completo

23/08/2014
hexagrama 40
tensão crescente
asas que não tem pés
pés que não tem casa...
até que o trovão
cala o abismo
e a chuva
lava a mágoa
asas que não tem pés
pés que não tem casa...
até que o trovão
cala o abismo
e a chuva
lava a mágoa
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22/08/2014
shavássana
deitado embaixo do universo
sobre um chão firme e provisório
adio ouvir o adeus
dentro das cascas das palavras
sobre um chão firme e provisório
adio ouvir o adeus
dentro das cascas das palavras

19/08/2014
alaya vijnana
cavo o pó dos sonhos findos
passados, futuros
em baús enferrujados
lado a lado oficino
formas e fórmulas
de uns 3 mil anos atrás
quando nasci assassino
silencio dias e noites
silencio olhos e mares azuis
até que a voz
seja luz
passados, futuros
em baús enferrujados
lado a lado oficino
formas e fórmulas
de uns 3 mil anos atrás
quando nasci assassino
silencio dias e noites
silencio olhos e mares azuis
até que a voz
seja luz

16/08/2014
poema bebendo mate com pouco açúcar
no momento mágico indolor
tudo se abre pro mistério
(que todos já conhecem, no fundo)
sempre com alguma dor
a literatura é a prostituta mais bonita
quase rima com sintoma
e cobra felicidade
pra dançar tango com minha alma
e me enganar a liberdade
a literatura tem lua em leão
e vulva de neón
a literatura derruba meu tédio
agarra minha paz feito louca
e ainda lambe minha boca
a literatura me atura há anos
(só ela e minha mãe)
tudo se abre pro mistério
(que todos já conhecem, no fundo)
sempre com alguma dor
a literatura é a prostituta mais bonita
quase rima com sintoma
e cobra felicidade
pra dançar tango com minha alma
e me enganar a liberdade
a literatura tem lua em leão
e vulva de neón
a literatura derruba meu tédio
agarra minha paz feito louca
e ainda lambe minha boca
a literatura me atura há anos
(só ela e minha mãe)
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15/08/2014
desilusão
adio todas as ilusões
e o desvelamento das mesmas
pra fazer um poema besta
numa sexta-feira fria
(todos os meus vulcões
pedem essas palavras vazias)
elas vêm, elas vão
elas vêm, elas vão
elas vêm, elas vão
elas vêm, elas vão
apita o trem da (dú)vida
sob um mar maior que ondas
então respiro devagar
no calmo vão (tão maior)
entre uma e outra
e o desvelamento das mesmas
pra fazer um poema besta
numa sexta-feira fria
(todos os meus vulcões
pedem essas palavras vazias)
elas vêm, elas vão
elas vêm, elas vão
elas vêm, elas vão
elas vêm, elas vão
apita o trem da (dú)vida
sob um mar maior que ondas
então respiro devagar
no calmo vão (tão maior)
entre uma e outra
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12/08/2014
tenso
eu sempre digo acho
porque não me acho
eu:
desocupado
entre dores velhas
e dores novinhas
abro o espaço a aço pro silêncio
porque não me acho
eu:
desocupado
entre dores velhas
e dores novinhas
abro o espaço a aço pro silêncio

11/08/2014
preso à pressa
trago as mãos fechadas
em dois vasos de fumaça
todos dizem: passa
mas não abro o coração
em dois vasos de fumaça
todos dizem: passa
mas não abro o coração

06/08/2014
olhos abertos
aborto palavras que esqueço
entre o luar e o ser
sigo o caminho em que me derreto
e verbo a barba: crescer
não meço
não peço
olho de fora meu sono
e sorrio sem sonho
aberto pro que desconheço
entre o luar e o ser
sigo o caminho em que me derreto
e verbo a barba: crescer
não meço
não peço
olho de fora meu sono
e sorrio sem sonho
aberto pro que desconheço

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