o sono dos justos
entra pela janela aberta
voando do mar sem água
esta brisa não vem
pela certeza da colheita
pela esperteza das palavras
nem por vitórias conquistadas
o sopro que balança leve as cortinas
e leva os olhos pra dentro
vem do que se semeia pra fora de si
apenas para quem olha além
o barco do tempo sorri
alisa os olhos fechados reféns
e se aconchega no peito
macio
como uma pluma
como uma estrela
como uma rosa
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