16/12/2017

sem uma esperança clara de comunhão sob o céu medonho da palavra

os ponteiros no relógio do poeta
giram devagar

o poeta é aquele
esperando a musa que virá

o poeta precisa abrir o peito
e gritar

não entende muito bem para que
para onde
para quem

um poeta é um vazio
abrindo seu vazio
para o vazio

- sem uma esperança clara de comunhão sob o céu medonho da palavra

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