20/12/2016

sam_sara (too late)

com braços de elefante
tento flertar com a leveza

mas nenhum poema é o último
nenhuma musa é a última
não há final no meu livro

beleza triste da obsolescência programada
das conquistas
das conquistadas

(nada resolve nada)

a música bela
do poeta feio
tocando em algum lugar de los angeles

violinos
violentam
a fumaça da escuridão

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