28/02/2015

disrupção

tento esquecer o que quero ser
dentro da boca de quem sou

aceito
de olivas

olho a carne nova e salivo
e vejo deus e a nona de beethoven
tocarem em meu plexo sorriso

brilha azul
a palavra salvação
enquanto tento agarrar a bóia

dou um passo atrás
e danço com três pés
observo a pele, a fome, a praia
e a vontade crescente

absorvo a liberdade
de apenas ir no ritmo
com ou sem poder
com ou sem paz

a maior das sabedorias:
- tanto faz

3 comentários:

  1. Anônimo28/2/15

    Parabéns! Bela poesia !

    ResponderExcluir
  2. Fiquei reflexiva aqui. Os dois últimos versos impactaram.
    Muito bom te ler, Fábio!

    ResponderExcluir