30/04/2014

semeando avós

caminhei léguas
de línguas em silêncio
pra achar minha voz

mágoas mínguas restingas
de um desértico mar

cem samambaias
repetindo padrões
em folhas brancas

sem rabos de arraias
aturando patrões
(camisas brancas)

agora o vento no mato
acariciou minha coragem fugaz

vou-me embora pra nunca mais
no exato lugar onde já estou

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