na primeira noite elas pisam seu jardim com expectativas
vem cobrar amor nas portas fechadas
e você deixa: por pena, por medo, por culpa
sem dizer nada
na segunda noite, quando você abre a tranca do plexo
i-m-e-d-i-a-t-a-m-e-n-t-e
te largam mais sozinho que antes
sem jardim, sem casa, sem amor e sem nexo
então, a mais frágil delas
sorrateiramente, silenciosamente
tenta calar seus poemas
mas ainda posso dizer algo, camarada:
esta luz, a Minha Voz
não pode ser roubada
Genial, como sempre! E olha que eu sempre peco pelo olhar parcial para as angústias femininas haha Gosto da sincronia dos negritos e hifens
ResponderExcluirObrigado, Lena!
ExcluirTodo mundo essa noite sonhou com a porta do sexo se abrindo e deixando passar fio de luz ou riso. "O ratão transformara-se num príncipe encantado de pau duro.
ResponderExcluirA bocetinha falante de Cinderela babava pelos bigodes" (Roberto Schwarz, aquele mesmo, teórico.. hehe)
Verdade. Acho que é "bucetinha", rapaz. Deve-se falar com biquinho e utilizar a língua corretamente. Apesar de ser "foder", com "o". Eu leio Bukowski pacas. :)
ExcluirUma bela surpresa conhecer o seu blog e a sua poesia, Fábio. Gostei muito dos cinco poemas que li. Volto outra hora, com mais tempo, pra fazer comentários mais específicos.
ResponderExcluirAbraço
Obrigado, Tuca. Abração
Excluir