12/08/2013

ninho

horror de caminhos errados
gélidos

todos os meus descaminhos
em desalinho noturno

preto no branco

a balança
de minhas perdas:
lança cravada
em meus ganhos

sonhos quebrados
sem ponteiros

cansado do peso da leveza
meto a mão na massa
de novo

porque nenhuma planta germina
sem água

e nenhuma relação termina
sem mágoa

mas a esperança é verde

a esperança é ver-te
na casa pronta
sem armas
sem trancas
sem quereres

um lençol ao vento lá fora
ao sol de mim
nós leves

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