11/02/2020

Crítica - Era uma vez em Hollywood

Era uma vez em Hollywood - Uma declaração de amor ao cinema de Tarantino de quase três horas. Também vi uma crítica a séries bobas e formas de arte sem arte que acabamos consumindo nas telas do cinema em filmes ou da TV em seriados nos anos em que se passa trama. Hoje, o que mudou foi que temos mais telas: celulares. O excesso de violência característico do diretor, que também escreveu este filme, não aparece na obra. Todo o sangue aparece na hora certa e merecida e dura apenas poucos minutos que se perdem nas quase três horas de arte. Filme bem dirigido a gente nota na coragem de inovar e criar: nas tomadas lentas, no pé sujo e feio da mulher linda, nos detalhes de cada carro, no ator que esquece as falas e faz a gente não esquecer que é um filme, nas tomadas mais lentas e mais longas e na capacidade de deixar a gente criar o filme que está assistindo. Porque a gente cria tudo o que vê e não percebe. E arte que é arte não nos distrai. Não é pra passar o tempo. É um mergulho na direção contrária da distração. É um encontro consigo mesmo.

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