deixo a manhã passar ao sol
sem apressar ou distrair os retalhos do azul
detalho: árvores balançam na brisa
na rua mesma, tão outra
tão em paz
pastam ar
uns urubus no alto
enquanto deixo passar o asfalto do trabalho
sinto o fruto do silêncio:
palavras escritas esperando folhas brancas
(pesam)
adio amadurecer
enquanto musas adiam meus sonhos românticos seus
(rezo)
vejo sem agarrar os futuros possíveis
e lembro o espaço que havia no passado
o mesmo espaço que ainda há
que sempre haverá
com mãos leves
adio tudo
(até deus)
e nesse espaço breve sem sons
fora o cheiro do bronzeador
fora o vulto da menina na piscina
fora reflexos e reflexões ondas afora
suo e sou
agora
Nenhum comentário:
Postar um comentário