23/05/2014

m. (paisagem)

desadio
um poema
com venda
nos olhos

pingam dos braços
abraços imaginários
e o tempo de nós
aumenta

esse verde 
(esse ver-te)
entre chão e céu
azula minha tarde

me arde o mundo
cada vez menos
se faço parte
do que mudo



a            m



ar            te

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