abria e fechava
bocejando atrás das nuvens
e se as gaivotas forem mesmo
almas de pescadores que morreram no mar?
saudade do tédio
enquanto a água beija o ar
vou no ônibus bruto
acelerado
pra quê essa luta?
vida de poemas infinitos
casa sem espaço pra mim
nem tempo
e fora de casa
tudo longo
tudo longe
tudo toca demais
gente demais no mundo
gritando pra não ouvir
o silêncio
nos museus
apenas para ver
seus próprios eus
refletidos em arte
ou nos olhos das pessoas
que frequentam museus
deito pra fingir que durmo
de lado
sobre o plexo noturno
destroçado
Foto: Fabio Rocha (Museu de Arte do Rio - 9/6/13) |
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