começam-se
vendo o que não é
e querendo ver mais
aproximam-se
dois anjos
de mãos em paz
tateiam
verbam compreender faltas
inventam compartilhar colos
(almas sem armas
que tecem sutilmente
amarras)
passam-se passos
e crono_logicamente
os sorrisos se tornam devassos
a leveza perde-se em tristeza
ambos enjoam-se
enojam-se
atacam-se gravemente
pelo grão de farelo no carpete
depois
sem saber voar
criam a coragem
para lentamente
cortar
(não acreditando que estão cortando até o tombo)
a longa corda tecida
sonhando a última dor
então
de volta ao chão
restam lembranças boas
(que esqueceremos)
amigos
(que não seremos)
e chinelos pequenos
em apartamentos vazios
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