12/04/2015

abrindo a porta pra fora da doença (brazil, 1985)

tenho tido vislumbres
de uma alegria incomensurável
e branca

um rosto de mulher
na linha de luz
do antes ao depois

asas
e
letras

uma fenda de oito horas de ar
todo dia
pra minha solidão criar

e uma vontade de sonho
sendo a alegria dos olhos
dos primeiros estrangeiros
chegando em nova iorque

ouvindo os prédios
e a imensidão
pela primeira vez

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