(em memória de Manoel de Barros)
se foi como vegetal
o maior poeta que li
em folhas de papel
tantos encontros verdes profundos
tantos amores embrulhados por suas palavras
revolucionárias
(agora me abraço a todos
no mesmo vento pantaneiro)
e os meninos e meninas que inventam inutilices
com os pés descalços na lama do tempo
sorriem o mesmo sorriso
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