a gente não chega em rigpa
mas acorda de 4 em 4 horas
sonha lento e claro
e faz microesculturas em frutas cítricas
a dor no ombro distrai da dor na coluna
e o filme do sonho legendado
mostra que dor bonita
a dos amores passados
minha mãe explicaria um detalhe dentro:
"a tia lhe comprava casas sempre perto de seu nome"
bogart fuma no mesmo ritmo
lento
eu e minha irmã crianças comendo pipoca
o mar subindo destruindo templos
o tempo levando tudo
dentro
...
no fundo do fundo da noite
dentro de cada poema
o menino que inexiste conta histórias
(cada vez mais tristes)
para si mesmo
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