sem ti o sal o sol
senti a sí-la-ba
mãe solo do solo que sustenta o solo do violino violento
todo o som que habita o êxtase destrava minha língua:
vivo ainda teclo
na manha de amainar o amanhã
- Fabio Rocha
- Escritor, psicanalista e poeta nascido no Rio de Janeiro em 1976. Considerado um dos poetas brasileiros mais representativos da década de 2000 na antologia Roteiro da Poesia Brasileira (Global, 2009), é autor de vários livros publicados gratuitamente em seu blog, cujos melhores poemas foram reunidos em A Magia da Poesia (Papel&Virtual, 2000), Corte (Ibis Libris, 2004), rio raso (Patuá, 2014) e o budismo e o tinder (Multifoco, 2020). Mantém o bem sucedido site “A Magia da Poesia”, que teve mais de um milhão de acessos em 2012, onde divulga a obra de grandes poetas. Seus poemas já foram selecionados para livros escolares, traduzidos para o russo e publicados em diversas revistas literárias.
29/11/2024
sentido
1 dólar 6 reais
meus pacientes estão cansados
mas pacientam entra a vida e o medo
lutando bravamente
nos breves instantes de vida fora da sobrevivência
Poesia temática:
autocrítica,
cripto,
crítica social,
poemas psi,
poesia,
psicanálise,
psicologia
aprendizado
talvez eu morra em breve
mas tenho criptomoedas e opções futuras
a boca seca sem saber o que falar
o peito oprimido
(mas com grandes esperanças)
medo
medo mesmo
já mora em mim faz tempo
(aprendi)
02/11/2024
deribit
quantos silos assobiam o silêncio de minha língua?
quantas voltas?
eus, eus, por que me abandonastes?
quantas voltas?
eus, eus, por que me abandonastes?
entretanto (a professora do jardim de infância)
o filme brilha a tela
leões soberbam
e respiram parta viver
não cabe uma borboleta no poema
abrindo e fechando asas
páginas de livros que não vivemos
telas coloridas onde nos perdemos
não cabe um sonho no poema
ninguém mais sonha
ninguém mais lê
leões soberbam
e respiram parta viver
não cabe uma borboleta no poema
abrindo e fechando asas
páginas de livros que não vivemos
telas coloridas onde nos perdemos
não cabe um sonho no poema
ninguém mais sonha
ninguém mais lê
Assinar:
Postagens (Atom)