os poetas sabem que a vida não basta
resta semear palavras dentre dores
e colher futuros melhores
- Fabio Rocha
- Escritor, psicanalista e poeta nascido no Rio de Janeiro em 1976. Considerado um dos poetas brasileiros mais representativos da década de 2000 na antologia Roteiro da Poesia Brasileira (Global, 2009), é autor de vários livros publicados gratuitamente em seu blog, cujos melhores poemas foram reunidos em A Magia da Poesia (Papel&Virtual, 2000), Corte (Ibis Libris, 2004), rio raso (Patuá, 2014) e o budismo e o tinder (Multifoco, 2020). Mantém o bem sucedido site “A Magia da Poesia”, que teve mais de um milhão de acessos em 2012, onde divulga a obra de grandes poetas. Seus poemas já foram selecionados para livros escolares, traduzidos para o russo e publicados em diversas revistas literárias.
26/08/2015
20/08/2015
"The Necessary Death of Charlie Countryman"
é preciso a música
e o aumento da temperatura corpórea
ela tem olhos de água
e cabelos de fogo
no filme de amor que todos somos
querer além dos molares quebrados
dos maxilares trincados
do bolo de sangue e dor babados no próprio rosto
querer primal rasgando a garganta ancestral amordaçada
independente desses fatores banais
abissais revelações maiores que qualquer paz
não esquecer nenhuma palavra
não escrever nada que não seja um murro
um urro de dor pra derrubar o muro
me perder em você
a morte dos pais
a beleza da música
e o aumento da temperatura corpórea
ela tem olhos de água
e cabelos de fogo
no filme de amor que todos somos
querer além dos molares quebrados
dos maxilares trincados
do bolo de sangue e dor babados no próprio rosto
querer primal rasgando a garganta ancestral amordaçada
independente desses fatores banais
abissais revelações maiores que qualquer paz
não esquecer nenhuma palavra
não escrever nada que não seja um murro
um urro de dor pra derrubar o muro
me perder em você
a morte dos pais
a beleza da música
18/08/2015
11/08/2015
03/08/2015
pó
tempo e espaço
são maus hábitos
agradeço às estrelas
que me construíram e destruíram
tantas vezes
e mais ainda à chance
de nem isso
são maus hábitos
agradeço às estrelas
que me construíram e destruíram
tantas vezes
e mais ainda à chance
de nem isso
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